Conheça o instituto de Valorização a vida - Anti-Suicidio

O CVVO CVV - Centro de Valorização da Vida é uma das organizações não-governamentais (ONG) mais antigas do Brasil.
Fundada em 1962 por um grupo de voluntários, foi reconhecida como entidade de utilidade pública federal pelo decreto lei nº 73.348 de 20 de dezembro de 1973.
Sua atuação baseia-se essencialmente no trabalho voluntário de milhares de pessoas distribuídas por todas as regiões do Brasil.
É associado ao Befrienders Worldwide (http://www.befrienders.org/), entidade que congrega instituições de apoio emocional e prevenção do suicídio em todo o mundo.
Em 2004 e 2005 fez parte do Grupo de Trabalho do Ministério da Saúde para definição da Estratégia Nacional para Prevenção do Suicídio.
Sua principal iniciativa é o Programa de Apoio Emocional realizado pelo telefone, chat, e-mil, VoIP, correspondência ou pessoalmente nos postos do CVV em todo o país (veja como acessar o serviço). Trata-se de um serviço gratuito, oferecido por voluntários que se colocam disponíveis à outra pessoa em uma conversa de ajuda e preocupados com os sentimentos dessa pessoa.
O Centro de Valorização mantém também o Francisca Julia Saúde Mental e Dependência Química e trouxe ao Brasil em 2004 o Programa Amigos do Zippy. Trata-se de um programa de desenvolvimento emocional para crianças de seis e sete anos em escolas públicas e particulares. Após o amadurecimento do Programa, foi fundada a Associação pela Saúde Emocional de Crianças - ASEC, para sua gestão. São mais de 18.500 crianças beneficiadas por ano em 323 instituições de 39 cidades. Conheça mais no site www.amigosdozippy.org.br.

Missão

Valorizar a vida, contribuindo para que as pessoas tenham uma vida mais plena e, conseqüentemente, prevenindo o suicídio.

TV RECORD EXIBE REPORTAGEM SOBRE AUTOMUTILAÇÃO


Há pouco tempo atrás, foi exibido na teve record uma pequena reportagem sobre automutilação, aonde citam métodos de cura, e casos de duas adolescentes. A reportagem também conta com a participação de uma médica que se especializou nos casos e que atua no hospital das clínicas em São Paulo

VEJA A REPORTAGEM ABAIXO:


Em entrevista, anahí fala sobre a anorexia

Anahí sofreu com um distúrbio alimentar, que pouco a pouco, tirou a tranquilidade de sua familia e que fez invalidar sua carreira. Mas, o mais importante é que Anahí esteve a ponto de perder sua própria vida.

Anahí: E quando você fica magra, se vê linda... e é ai que começa o problema. Definitivamente todos passamos por uma mudança, onde você não sabe para onde vai ainda, quem você é, onde está sua personalidade. Não tem como evitar essa mudança. E além do mais, por mais que me encantasse e eu gostesse,  sim, eu estava sobre muitos olhares, que também isso, temos que reconhecer, não é tão normal, então eu nesse momento começava a ver que tinha meninas mais magras que eu e e por ai começou. E a doença me agarrou.

Anahí: No primeiro ano eu pensava que era algo,  que  eu controlava e sem nem se quer estava bem informada D]dessa doença, depois é... comecei a ter problemas físicos. Me sentir mal, então me levaram ao médico e eu já estava com anorexia nervosa havia um ano.

Entrevistadora: Que é quando deixa de comer?

Anahí: É para de comer por um longo tempo, e depois comer um pouquinho. sobretudo seu corpo começa a deixar de funcionar como deve. Então, quando me levaram ao médico e soube o que era, no lugar de perder a vontade ou pensar "eu não quero mais ter isso". Infelizmente ai meu deu foco, me prendeu no que era o controle da doença, e esse é o perigo da doença. Porque me disseram que tinha anorexia. O que é anorexia? comecei a me informar e informar e informar, e infelizmente quanto mais me informava, mais ideias me dava para continuar fazendo.

Irmã de Anahí: O que ela tem abordado muito, é que as pessoas não se dão conta, mesmo que a garota seja muito próxima a família, não é possível perceber, porque a pessoa sempre tem algumas respostas fáceis que te fazem cair na lábia dela

Anahí: O problema foi que comecei a ter mais ideias. Então eu pensei "ah também existe a bulimia. Ou seja, quando eu não aguentar mais ficar sem comer, como, mais depois faço voltar do estomago."  Se transformou em uma bola, que crescia, e crescia... Foi um problema grande, que durou 6 anos com essa doença. Anorexia e bulimia, tudo junto.

O transtorno alimentar de Anahí, a levou a um ponto extremo. Onde seu coração começou a falhar.

Irmã de Anahí: Seu coração parou alguns segundos, e foi tão difícil ver que uma das pessoa que eu mais amava estava indo e eu não podia fazer nada.

Anahí: Tive um problema no coração porque meu corpo estava fraco. os nutrientes do meu corpo estavam muito baixos e o potássio, e todas as coisas que o corpo precisava pra estar bem, sábio e VIVO. Então houve um problema no meu coração no qual eu cheguei ao hospital e não lembro de nada, eu perdi a conciência e... e depois de um tempo, voltei a estar em mim e tudo, e foi ai que eu realmente senti como se meu corpo me deixasse sabe? Não sei como te explicar, sentia que ela ia me abandonar.  Sentia que, não sei, eu tinha 19 anos. E eu senti que não aguentava. Pois quando eu pude voltar a abrir os olhos e ver meus pais com essas caras de dor e medo, porque eu imagino que essa é a maior dor do mundo. Ver que seu filho, está indo e naõa poder agir. Além do mais por uma estupidez, porque é uma estupidez essa doença. Infelizmente nos consome. E eu sabia que era uma estupidez, mas como sair? Então nesse momento eu pensei "Meu Deus se você me levantar dessa cama eu te juro, que nem sei como vou fazer, mais eu vou sair disso." Então comecei a me tratar, mas me tratar convencida. Porque quando nos tratam sem nos queremos, somos tão inteligentes quando temos essa doença que você inventa umas histórias, que não são verdaxdes, mas você faz com que elas se tornem isso, você se torna tão inteligente tão rápido para responder. Que inventa umas histórias, que já comi, que isso e aquilo... envolve a todos, e eles acreditam.

Irmã de Anahí: Foram tantas recaidas. Foram tratamentos fortes, porque a pessoa quando está doente. Não aceita.

Anahí: Eu tinha medo. Pensava "eu vou me recuperar, então eu vou ficar gorda." Porque claro sua mente tem esse problema. Tem que aprender a viver com ele.


Irmã de Anahí: Creio que a família sofre mais que a pessoa que está doente. Porque eles sabem a seriedade, não chegam tão ao fundo, mais não sabem o que vai acontecer.

Anahí: Com meus pais, eu sei que eu lhes devo, e eu sigo pedindo perdão até o dia de hoje porque eu os machuquei muito. Por isso passei por clinicas, médicos, hospitais e decidi que queria parar.


Irmã de Anahí: Ela começou a melhorar quando já era possível tocar no assunto, falar sobre isso e saber como ela estava, e o que estava sentindo.


Anahí: Então comecei a me tratar, Mais sobre tudo comecei a tratar aqui, sabe? (apontando para o coração), acredito que isso foi o que me ajudou muito. Mais é claro os psicólogos, terapias. É muito importante se aproximar de pessoas que sabem tratar disso.

Irmã de Anahí: Ela mostrou a mim e a minha familia, as pessoas que gostam dela que é mais forte que isso, que pode seguir adiante.

Anahí: É dificil de lembrar, porque no começo não sabia se ia contar. Então de repente digo: Não quero estar nisso, mas não sei como sair. E é isso  que muitas meninas me escrevem nas cartas, ou eu não quero mais estar doente, mas como eu faço? como eu queria ter essa resposta agora. Porque se você me ver agora, depois de estar quase 6 anos recuperada poderá ver que continua doendo, mas eu sou uma guerreira. Se eu posso, você também pode







VIDEO: Anahí e Demi Lovato falando sobre a anorexia e a bulimia


BULIMIA: Histórias de garotas que sofreram problemas alimentares

Se você anda descontando o estresse, a ansiedade ou a baixa autoestima na comida, pulando refeições ou até exagerando à mesa, é bom ficar alerta. É exatamente assim que você dá brecha para o surgimento de um distúrbio alimentar como a anorexia e a bulimia, que são tão sérios que chegam a matar. Conheça a história de quem já passou por isso e aprenda a se proteger


“Cheguei aos 39 quilos, com 1,65 m de altura. E continuava me olhando no espelho e me achando supergorda”, conta Juliana*, de 25 anos, que passou por esse perrengue aos 18. O capítulo mais triste da história da vida dela começou quando a garota encasquetou de passar no vestibular de medicina em uma faculdade bacana. Pra isso, ela passava o dia todo estudando. “Ia de manhã pro cursinho e, quando chegava em casa, logo abria a mochila e continuava lendo. Só parava à noite, para dormir”, lembra.

Só que passar em medicina não é nada fácil e, pra ajudar, a Ju bombou em vários exames. Com isso, ia ficando cada vez mais triste, angustiada, estressada. Sem perceber, foi deixando a comida em segundo plano, pulava refeições, beliscava só uma besteirinha aqui, outra ali. Emagreceu horrores e se acostumou com o corpo magro. “Na verdade, a minha vontade era emagrecer cada vez mais. Sempre que me olhava no espelho não ficava satisfeita, ainda me achava gorda”, lembra.

Nessa fase, a Ju já estava num estágio mais avançado da anorexia, em que a pessoa começa a ver a própria imagem distorcida no espelho. Assim, por mais que emagrecesse, ela sempre se enxergava acima do peso. “A anorexia é caracterizada pelo peso abaixo do normal para a idade e a altura. É comum ocorrer, ainda, uma distorção da imagem e um medo exagerado de ganhar peso. A ausência da menstruação é outro sintoma clássico. No mais, as pessoas com anorexia normalmente resistem a reconhecer que estão doentes”, explica o psiquiatra Adriano Segal, diretor de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).
Com a Juliana foi exatamente assim. Ela não queria que seus pais percebessem nada e, quando eles notaram que a filha estava muito magra, rolaram brigas e mais brigas na casa da Ju. “Eu chorava quando a minha mãe vinha com um prato de banana amassada para eu comer à tarde. Eu não via a fruta, só um montão de calorias entrando no meu corpo”, desabafa. Apesar da resistência, os pais da Ju insistiram para ela bater um papo com um psicólogo. E foi assim que salvaram a vida dela. Nas sessões, a Juliana contou para a psico coisas que não tinha coragem de abrir nem para os próprios pais e, entre uma conversa e outra, começou a enxergar as coisas de um jeito diferente. Acabou resolvendo seus maiores conflitos e, como num passe de mágica, o medo de comer passou. “Acabei mudando meus planos e prestei vestibular para veterinária. Consegui entrar na faculdade logo de cara e fiz novos amigos, que me ajudaram a gostar mais de mim mesma. Na época, também ganhei uma gatinha de estimação que me fez mudar o foco, esquecer aquela obsessão louca que eu tinha pela magreza”, conta.
Do bullying à bulimiaOutra que enfrentou uma barra foi a Helena*, de 19 anos. Com 13, ela já tinha certa encanação em engordar e comia o mínimo possível. Dois anos depois, o problema se intensificou por conta do bullying que ela sofria no colégio. “Mesmo rodeada de pessoas, eu sempre me sentia sozinha. Tinha a impressão de que todos me olhavam na rua e riam de mim. Ou, então, que sentiam pena”, lembra. Totalmente deprê, ela passou a sair de casa cada vez menos e parou de prestar atenção nas aulas, nem estudava mais. Em casa, comia pouco, malhava muito e, de vez em quando, ainda provocava o vômito. “Eu evitava me alimentar na frente das pessoas, porque sempre tinha alguém que criticava, dizendo que eu estava comendo muito pouco. E eu estava mesmo. Quando comia muito, logo em seguida ia para o banheiro vomitar”, conta.
O caso é que ela já estava sofrendo de bulimia nervosa. “O problema é caracterizado pela ingestão excessiva de alimentos, seguida de estratégias inadequadas para perder peso, como o vômito forçado, o uso frequente de laxantes e diuréticos, a prática excessiva de exercícios físicos ou mesmo jejuns prolongados”, explica Segal. “Ir ao banheiro logo após as refeições, não querer comer com a família, ter grandes alterações de humor, se isolar dos amigos ou até mesmo comer compulsivamente são outros comportamentos que sinalizam a doença”, avisa o psiquiatra Glauber Higa Kaio, especialista em transtornos alimentares do Programa de Atenção aos Transtornos Alimentares da Universidade Federal de São Paulo (Proata).
Mas mesmo com todos esses sintomas, a Lê só se deu conta do problemão em que tinha se metido quando atingiu os 42 quilos, mesmo tendo 1,70 m. “Eu já estava me sentindo muito fraca e comecei a desmaiar toda hora. Até meus dentes estavam mudando”, diz. Por sorte, ela deu a volta por cima antes que fosse tarde demais. Porque muita gente não sabe, mas os distúrbios alimentares podem até matar! A deficiência de nutrientes faz o corpo ficar cada vez mais fraco para reagir às doenças e, daí, qualquer gripezinha pode fazer um estrago no organismo. Além disso, sem combustível para funcionar, o corpo pode até parar de cumprir as suas funções vitais e órgãos como o coração podem ser atingidos, levando a um desfecho fatal.
Felizmente, a Helena arrumou um jeito de aliviar as tensões e hoje controla a sua neura numa boa. “Resolvi escrever um diário e isso me ajudou muito. Ainda não estou totalmente curada, mas já parei de fazer coisas absurdas como provocar o vômito ou passar dias inteiros sem comer quase nada”, garante.
*Os nomes foram mudados a pedido das garotas, para preservar a privacidade delas.


Automutilação: "Uma vez, fiz um corte tão profundo no pulso, que quase perdi os movimentos da mão."


Descontentamento com o corpo, expectativas frustradas, insegurança sobre o futuro, cobranças da família e medo de decepcionar.

Enfim, são muitas as angústias da adolescência e lidar com elas não é nada fácil. Alguns extravasam no esporte, outros preferem escrever, há jovens que optam pela música ou simplesmente desabafam com os amigos.

Mas também existem aqueles que, com dificuldade de se expressar, descontam tudo no próprio corpo por meio da auto mutilação.

Arranhões, cortes, queimaduras, puxões de cabelo, bater a cabeça contra a parede são as maneiras
que eles encontram para fugir da pressão, descarregar a tensão e diminuir a tristeza.

Para a psiquiatra Vera Zimmermann, coordenadora do CRIA - Centro de Referência da Infância e Adolescência da Unifesp - esse comportamento se aproxima da patologia: "Eles não enxergam a pele como invólucro do corpo, como proteção. Na hora da angústia, não há limites e eles só conseguem extravasar em si mesmos. A dor física expressa a dor emocional."

Cristina*, 15 anos, conta que começou a se mutilar aos 10 por causa de problemas familiares: "Eu me corto com gilete, caco de vidro, o que tiver por perto. Uma vez, na escola, quebrei uma lapiseira pra poder me cortar". Ela confessa que, apesar de não se dar bem com a mãe até hoje, os problemas que a motivaram naquela época ficaram para trás. Mesmo assim, ela continua praticando o cutting: "Eu já escrevi vários cadernos, mas não adianta, por dentro eu continuo me odiando. Uma vez, fiz um corte tão profundo no pulso, que quase perdi os movimentos da mão. Fui parar no hospital e inventei uma história qualquer para o médico."

Com tantos ferimentos e roupa por cima para esconder, é comum os cortes infeccionarem.

Érica*, 20 anos, começou a se mutilar aos 11 e só conseguiuparar há 3 meses: "Eu tinha alguns amigos que faziam e comecei a fazer também. Antes de me cortar, eu chorava, ficava desesperada, mas quando via o sangue e as marcas, me sentia aliviada", conta. Problemas com drogas foram o pontapé inicial para ela se cortar, mas também para procurar ajuda: "Eu era dependente de crack, mas também usava maconha e cocaína. Eu me cortava quando estava sob efeito da droga e quando tinha crises de abstinência. Quando percebi que estava no meu limite, e procurei ajuda."

Não há dados estatísticos se quem sofre mais com a auto mutilação são os meninos ou as meninas, mas uma coisa é certa: as maiores vítimas são os adolescentes.

*Os nomes foram trocados*

Filmes Que Falam Sobre Auto Mutilação: Aos Treze

Tracy é uma garota que está passando pela crise da adolescência, quer deixar de ser o bebê da família, e tornar-se atraente e popular, aos olhos das pessoas, abandona suas meias de bichinho e adota um visual mais sexy, roupas mais ousadas, maquiagem no rosto, ignora as amigas de infância e entra para um novo grupo, um grupo que aos olhos dela é muito mais “descolado”. 

No inicio a mãe apóia, percebe que sua criança está crescendo, mas com muita dificuldade vai percebendo que está perdendo o controle sobre sua menina, que na companhia da nova amiga Evie se torna rebelde. Evie é a típica adolescente sexualizada infelizmente um modelo que não devia ser seguido ou admirado, mas um modelo muitas vezes seguido pelas adolescentes, afim de conquistarem os olhares ao redor. Evie é criada pela prima e diz ser molestada pelos namorados desta, o que comove Mel, mãe de Tracy, que acaba permitindo que a menina passe algumas noites em sua casa, o que foge ao seu controle, a menina parece não mais ir embora. A mãe de Tracy demora tomar alguma atitude sobre essa amizade, talvez porque não queira aceitar as estripulias que a filha tem feito em companhia da nova amiga. Tracy colocou piercing na língua, no umbigo e ocultou da mãe, usa drogas, ingere álcool, se relaciona sexualmente, tudo isso de certa maneira, manipulada por Evie, que aproveita essa rebeldia e coragem de Tracy para instigá-la cada vez mais, talvez colocando à prova os limites da amiga e suas fragilidades. 

Para Tracy não é fácil, sua mãe é separada, seu pai é extremamente omisso e ausente, e seu novo companheiro é usuário de drogas, que acaba de sair da desintoxicação, a mãe é dependente de álcool, e participa de reuniões para alcoólicos anônimos, Mel em muitos momento demonstra um comportamento inadequado frente à filha parecendo com uma típica adolescente. A mãe muitas vezes deixa de olhar para a filha por ter que trabalhar demais; Tracy durante a noite corta os próprios pulsos no banheiro.

Quatro meses foram suficientes para Tracy piorar aquilo que pra ela já era ruim e confuso, a companhia de Evie a tornou a última pessoa que ela escolheria ser, reprovada na escola, evitada pelos vizinhos do bairro onde mora, sua mãe já não sabe o que fazer, pensa em mandá-la para junto do pai. 

Finalmente Evie a abandona, colocando toda culpa de seu comportamento em Tracy, revelando os objetos ilícitos que escondiam no quarto, o dinheiro dos roubos, os cortes no pulso da amiga, ainda insulta Mel que a abrigou em sua casa, saindo como a vítima e não como manipuladora que foi. 

O que faz uma jovem de bom comportamento alucinar, perder totalmente a razão frente às luxurias da vida? Talvez a crise da adolescência tenha um papel relevante nessa história e tenha sido o estopim para que Tracy arruinasse uma parte de sua vida, mas porque jovens como Tracy optam pelo pior caminho. Alguns morrem antes de sair dessa fase conturbada, alguns têm a chance de rever seus valores morais e voltar ao caminho íntegro. A mãe de Tracy não a puniu, talvez lá no fundo ela tivesse a sensação de que sua filha, mais cedo ou mais tarde, cairia em si; não foi da melhor maneira, mas foi da maneira possível, o resgate foi feito com amor com amparo; aos treze é uma história que suscita reflexão, qual é o limite de nossos jovens? Como passar essa fase de crise, rebeldia, agressividade de maneira saudável? Parece-nos que orientar ainda é o melhor remédio, acompanhado de companheirismo e amor por parte dos familiares que devem acompanhar atentos todas essas mudanças para que elas sejam as mais favoráveis possíveis. Talvez uma grande dificuldade resida no fato de que muitos pais e mães dessa geração ainda não tenham conseguido superar a própria adolescência.